Espera
Voltamos ao objetivo
principal:
o seio de tudo
largo e obtuso
Volta em um círculo de pontas
abissais.
Me segurará na superfície hoje?
Ou morrerá pra mim, como as notas que escuto nesta cavidade automática?
Conte-me uma história
Me segurará na superfície hoje?
Ou morrerá pra mim, como as notas que escuto nesta cavidade automática?
Conte-me uma história
Com baixos caminhantes para
lugar nenhum...
Apronte-me uma elegia como esta que está prestes a acabar...
a cada segundo que passa.
Apronte-me uma elegia como esta que está prestes a acabar...
a cada segundo que passa.
Retorno a tradição de um
pensamento matriz?
Sou eu a desvendar-me diante de todas as coisas do mundo?
O tema se repete e parece não se conter
Sou eu a desvendar-me diante de todas as coisas do mundo?
O tema se repete e parece não se conter
Contador de histórias...
adeus...
A morte das minhas palavras será tão certa como a morte das suas idéias sonoras.
adeus...
A morte das minhas palavras será tão certa como a morte das suas idéias sonoras.
Mas compartilhamos de um
mesmo roteiro, adequado ao nosso viver!
Passam-se os anos e não compensa mais nascer.
Houve um tempo pra isso, pra
nascer.
Houve um tempo que a nota
pedal restava vagarosa
Sutilezas sobre o contínuo?
Invenção matemática de um torpor?
Luz sobressaltada de harmonias inconclusas?
Invenção matemática de um torpor?
Luz sobressaltada de harmonias inconclusas?
Houve um tempo em que tudo
era necessário.
E hoje, nada mais é que cores
vagantes, perdidas.
Mesmo assim insistimos em
nascer!
Não nos damos por perdidos.
Restam as polifonias de
nossas vozes internas.
Ambiente obscuro
Ambiente obscuro
De uma espera
Que não se perde em esperar.
Esperar significa, muitas
vezes, transver.
Contar cada tempo como uma experiência atemporal.
não sei mais o que digo!
Contar cada tempo como uma experiência atemporal.
não sei mais o que digo!
Só sei sobre aquilo que
espero.
Ao som de "Goodbye Storyteller" - Brad Mehldau - Elegiac Cycle
Ao som de "Goodbye Storyteller" - Brad Mehldau - Elegiac Cycle
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