Museu de memórias
Um grito,
Escapada de viris ferroadas
A sensação de não ter dor
durante a dor,
A transcedência...
As vozes rubras de ódio
organizado
Anunciam frondosas, o retorno
de um tempo recesso,
Retrocesso,
Acesso,
às infinitas significações de
sofrimento.
Olhos atentos.
Mentes talvez vagas,
pensando
na parcela de seus apartamentos.
Ou na apatia imóvel de seu
móvel.
Não suporto, não aguento.
Mais ainda assim algo maior
me chama.
Atendo ao pedido,
Já com a medida do copo se
esgotando.
Aprendo como é suave ter dor
e não sentir.
Ter dor e não sentir é como caminhar por móbiles de algodão.
Ter dor e não sentir é como caminhar por móbiles de algodão.
Rostos acessados por luzes de
velas frontais.
um delgado trozo de terra,
um delgado trozo de terra,
Um senão em meio às certezas.
Os rostos, cabelos negros,
A sutileza de um traço
Continua caminhando por aí.
(Eu mesma constatei)
Feitos de mistério que
instigam e provocam.
Política perversa
Nos comanda sobre o nome de
outros personagens.
Cooptação, comodismo maligno.
Cooptação, comodismo maligno.
Fazem de nós personagens num
papel inverso.
Propagadores de tais morais e
bons costumes,
Assumamos nossa ignorância.
(Optemos por férias em Miami)
Para perdermos da forma mais
derrotada que alguém pode perder.
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