terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Museu de memórias

Um grito,
Escapada de viris ferroadas
A sensação de não ter dor durante a dor,
A transcedência...
As vozes rubras de ódio organizado
Anunciam frondosas, o retorno de um tempo recesso,
Retrocesso,
Acesso,
às infinitas significações de sofrimento.
Olhos atentos.

Mentes talvez vagas, 
pensando na parcela de seus apartamentos.
Ou na apatia imóvel de seu móvel.

Não suporto, não aguento.
Mais ainda assim algo maior me chama.
Atendo ao pedido,
Já com a medida do copo se esgotando.
Aprendo como é suave ter dor e não sentir.
Ter dor e não sentir é como caminhar por móbiles de algodão.
Rostos acessados por luzes de velas frontais.
um delgado trozo de terra,
Um senão em meio às certezas.
Os rostos, cabelos negros,
A sutileza de um traço
Continua caminhando por aí.
(Eu mesma constatei)
Feitos de mistério que instigam e provocam.

Política perversa
Nos comanda sobre o nome de outros personagens.
Cooptação, comodismo maligno.
Fazem de nós personagens num papel inverso.
Propagadores de tais morais e bons costumes,
Assumamos nossa ignorância.
(Optemos por férias em Miami)
Para perdermos da forma mais derrotada que alguém pode perder. 

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