quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Sem impasse 

Sem impasse, na verdade
Tudo o que vejo agora é a simples cru ironia
Do jogo das palavras, da memória
De algo que me vem mas não sacia.
Me ensandeço de pensar
Que o amanhã nada revela
Além de ser outro, um outro diferente
E talvez, completamente ausente.
Nestas frias horas internas
O que me condena é também o que me revela
A intenção por detrás da janela
Congelando, espreitando
Tudo a sua volta
E nada vê,
Pois o amanhã, frio e brusco
Pode repelir, qualquer sinal de tolerância
Tolerância com a vida lá fora
Que por agora, jaz na memória.


Escrita em 12/04/2012. Destas que a gente nem lembrava que existia.

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