quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Frieza

De um copo gélido e calado
Transbordam as arestas de um sentimento rouco
Que só existe enquanto melancolia
Profundo sentimento de perda e revelia
Tirando tudo o que eu gostaria de dizer
Não sobra mais nada
Nem corpo, nem alma, nem vida
Só palavras, verbos estáticos,
Apanhados um a um, como num cálculo preciso
Preciso dizer que não sei
Preciso dizer que talvez
Preciso dizer que um dia
Esta mais doce companhia
Sou eu do outro lado
Me fazendo de desentendida,
De uma vida destemida
De dor, lágrimas, solidão
Um corpo só que não se entende
O mais eterno dos poentes
Nasce em mim num apagão.

2 comentários:

  1. Bia, você é um poço de sensibilidade... linda; transparente de alma e de palavras, qualidade que admiro sempre! Beijos

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  2. Tha, você é que tem a sensibilidade de me ver assim tão profundamente! São seus olhos especiais que conseguem ver algo além das palavras! Compartilhamos os mesmos sentimentos para com o mundo! Estamos juntos! Beijos!!!!

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