sábado, 31 de agosto de 2013

Projeto dialético


Nesta busca estética do nada,
aposto na poesia como realidade do espírito,
numa tese defino o ser no aqui e agora
numa antítese defino aquilo que já não minto.

Busco a síntese num total de ser-não-ser
continuo sendo assim, particular,
solitária, devedora e paciente,
de um universo que insiste em aflorar

Sobre as idéias de um plano consciente
materializo as ações em tom vulgar
leio as linhas e me encontro impaciente
de resposta, de amor, de um luar.

Teorias, vozes impostas, pregação
nego tudo, sem sentido imanente
misturo a razão, a dor e a emoção,
num jogo de palavras inconsciente.

De um livro pode sair pecados
de um corpo intelecto do coração
da postura um andar meio enquadrado
da poesia, infinita sensação.


* Me perdoem, Hegel e Marx, por utilizar vocês como inspiração.

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