quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Um passo adiante do fim II

De verdade, não me sinto!
Desde que olhei pra trás
Um passo e me desfaço
Sigo seca, guerra e paz.

Os meus olhos são dois viajantes
De uma imensidão desejada
Um risco, fosco no ar
Um mar comprimido, cansada.

Dê uma trégua à imensidão
Que ela vem nos calar assim
Com sua boca insinuante
E sua fantasia de cetim

Se encobre pelo limite
Aquele que você forjou conhecer
Que pôs um mundo na mão do seu mundo
E tirou-lhe, por não merecer.

Visto a vida que não me serve
Aquele vestido de vida passada
Véu tão pronto, vida e retalho
Daquela imensidão encomendada.

Troco errado, cores errantes
Um desejo de avesso em mim
Um nublado, nuvem passante
Não sei me sentir tanto assim.

Vejo de que nada adiantou
Nada adianta, na dianteira
Tudo agora em febre restou
De uma sensação passageira.


É o fim.

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