quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O sonho

Me levem de volta para o sonho,
que lá, a névoa fina e frágil,
despertou sentidos nunca antes sentidos.
Me levem de volta para a realidade de outro plano
Lá dormi um sono profundo
e assisti o despertar inverso.
O sonho que não me quer mais,
parece que me abandona, à margem dos meus erros.
Impiedosa sombra que paira,
sobre os anos a desandar,
a passos largos, num futuro passado.
Parca sensação de infinitude
De transver, não poder rever
Não ter como voltar atrás...
Esta do sonho de abrigar uma plenitude
Ainda me levará para um lugar além.
Além de mim,
transvendo você,
sou capaz de tudo
do outro lado,
Que não sou eu,
Nem nada, nem o céu.
Nem aquilo que brotou das minhas mãos.
O sonho foi se encontrando no caminho
criou vida, se refez.
Me tomou pela mão.
Voltei a sonhar.

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