Este grande tema que é o nada
Fecho os
olhos diante deste poente vazio,
à espera de
algo ou alguém que possa me ajudar...
Sou
equilibrista do vento,
a ventania
me atravessa e tira o barco do prumo
São brancas
névoas a navegar.
Finjo saber
quem sou
como num
monólogo tedioso,
espelho
refletindo a dúvida e a incerteza
de uma alma
que não é plena
de
vibrantes cores diluídas
num poente
de estar só profundo.
Espero um
aceno
uma
palavra, um gesto monocromático.
Que culpa
tenho eu de esperar toda desbotada?
O nó na
garganta ou o nó da gravata,
podem estar
presentes
mesmo que
na fantasia.
O medo do
tempo me assola
Perco-me na
invasão da solidão em mim.
Não há
problemas, porque me habito por todos os lados
Sou eu, que
me moro,
Me apavoro,
Me enamoro.
deste
grande tema que é o nada.
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