sábado, 14 de setembro de 2013

Este grande tema que é o nada

Fecho os olhos diante deste poente vazio,
à espera de algo ou alguém que possa me ajudar...
Sou equilibrista do vento,
a ventania me atravessa e tira o barco do prumo
São brancas névoas a navegar.

Finjo saber quem sou
como num monólogo tedioso,
espelho refletindo a dúvida e a incerteza
de uma alma que não é plena
de vibrantes cores diluídas
num poente de estar só profundo.

Espero um aceno
uma palavra, um gesto monocromático.
Que culpa tenho eu de esperar toda desbotada?
O nó na garganta ou o nó da gravata,
podem estar presentes
mesmo que na fantasia.


O medo do tempo me assola
Perco-me na invasão da solidão em mim.
Não há problemas, porque me habito por todos os lados
Sou eu, que me moro,
Me apavoro,
Me enamoro.
deste grande tema que é o nada.

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