segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Jogo dos imprevistos

Seis de ouros
posto à mesa,
nenhuma carta vazia.
Numa sequencia entediada,
tudo certo, como dois e dois são cinco.
Cinco pontas, uma espada.
Jogo dados, empate confuso.
Empatado está,
toda minha empreitada!
Arrastando a cadeira dos imprevistos,
Blasfêmia!
Blefando!
Confundem-se as palavras...
E as atitudes, num corpo imóvel
Jogo este que não sei mais jogar.
Distribuem-se as cartas, de novo,
Vazias...
como se trocasse seis por meia dúzia.
Significado oculto por entre elas,
Jogo místico!
Palavras, números?
Cálculo razoável?
Muitas perguntas.
Escondo, rainha de copas.
E ela vai esconder-se, com seu manto,
atrás do meu sofá.
Esconda todas as cartas.
Não me deixe mais jogar.
Deslizando sobre o tabuleiro infinito
meu coração não encontra lugar.


*tentei evitar que ele aparecesse neste poesia. Perdi.

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